Leonardo se diz chocado ao ver seu nome em lista de trabalho escravo
Cantor Leonardo Surpreso ao Ver Nome em Lista de Trabalho Análogo à Escravidão, Explica que Fazenda é Arrendada e Assume Multa; Processo Já está Arquivado

O renomado cantor sertanejo Leonardo manifestou surpresa e consternação ao tomar conhecimento de que seu nome foi inserido na lista de empregadores envolvidos em condições análogas à escravidão. Em comunicado divulgado por meio de suas redes sociais na tarde desta segunda-feira, dia 7, Leonardo esclareceu que a propriedade inspecionada era uma “fazenda arrendada”.
Leonardo relatou sua perplexidade diante da situação: “Estou aqui, confesso que surpreso e muito triste. Meu nome está sendo associado a isso. Em 2022, arrendei uma fazenda para um arrendatário plantar o que desejasse“, afirmou o cantor, enfatizando que não tinha vínculo com os trabalhadores mencionados: “Surgiram alguns funcionários na fazenda que arrendei, mas eu não os conheço, nunca ouvi falar deles e nunca os vi.”
Mesmo tendo explicado que a responsabilidade pela gestão da propriedade pertencia a terceiros, Leonardo foi autuado com uma multa. Ele informou que a penalidade foi quitada e o processo arquivado. A Fazenda Talismã, situada em Jussara (GO), foi mencionada na lista divulgada nesta manhã, com seis trabalhadores identificados.
O cantor descreveu a visita do Ministério Público do Trabalho à sua propriedade: “Eles foram recebidos de forma cordial na minha fazenda, resultando na aplicação de uma multa em meu nome como proprietário. No entanto, a fazenda em questão é a Lakanka, onde fiz o arrendamento. Respeitamos o procedimento do Ministério Público e acertamos tudo, já está arquivado“, explicou o artista de 61 anos.
Leonardo reafirmou seu repúdio a práticas laborais análogas à escravidão e garantiu que “jamais” compactuaria com tais atos.
“Não conheço quem estava nas moradias lá ou quem os levou até lá. Já cultivei tomate e entendo as dificuldades envolvidas. Jamais faria algo assim. Acho que há um grande equívoco sobre minha pessoa. O Brasil inteiro me conhece, sabe da minha integridade. Isso é o legado dos meus pais. Deixo claro que não compactuo com essa lista de trabalho escravo e sempre serei contra esse tipo de coisa“, concluiu.
A lista referida contém 727 nomes no total. Dentre os 176 novos incluídos nesta segunda-feira, estão 22 empregadores do setor de produção de carvão vegetal, 17 da criação de bovinos, 14 da extração mineral e 11 dos segmentos de cultivo de café e construção civil, entre outros ramos. Além disso, houve a exclusão de 85 empregadores após dois anos de inclusão no cadastro.
A atualização da lista ocorre semestralmente. Conforme informações do Ministério do Trabalho e Emprego, a inclusão é efetuada “apenas após a conclusão do processo administrativo que julga o auto específico referente ao trabalho análogo à escravidão, culminando em uma decisão administrativa irrecorrível“.
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