O futuro incerto da Venezuela após a saída de Edmundo González; o que esperar?
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O futuro incerto da Venezuela após a saída de Edmundo González; o que esperar?

Pedido de Asilo de Líder Opositor na Espanha Abre Novo Capítulo na Crise Pós-Eleitoral da Venezuela

Após semanas de intensos protestos, tensões e repressões na Venezuela, uma nova fase se inicia na crise política do país. Edmundo González, candidato da oposição que alega ter vencido as eleições de 28 de julho segundo atas divulgadas pela oposição, solicitou e obteve asilo político na Espanha, estando atualmente em Madrid.

O presidente Nicolás Maduro, declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão sob controle do chavismo e que não apresentou os registros oficiais das eleições, permanece no cargo sem seu principal adversário no território venezuelano. A continuidade de Maduro no poder parece garantida até o término do mandato atual em janeiro.

Organizações internacionais como o Centro Carter, a ONU e a União Europeia criticaram o processo eleitoral por não atender às garantias mínimas necessárias, declarando-o não democrático. Vários países da região também não reconheceram a vitória oficial de Maduro, exigindo transparência. Em contrapartida, nações como Rússia e China reconheceram o resultado favorável ao presidente venezuelano.

Desde 1999 no poder, o chavismo mantém seu domínio sobre o país, com Maduro à frente e suporte das Forças Armadas.

Perspectivas Futuras para a Venezuela

1 – Maduro Livre de Oposição?

Em comunicado emitido de Madrid, Edmundo González justificou sua decisão de deixar a Venezuela visando evitar um conflito doloroso para o país. González, diplomata de 75 anos e candidato da Plataforma Democrática Unitária (PUD) após a inabilitação controversa da líder opositora María Corina Machado e sua substituta Corina Yoris, agora busca contribuir para uma solução pacífica à distância.

Um mandado de prisão contra González foi expedido em 2 de setembro, com acusações que incluem usurpação de funções e falsificação de documentos públicos. Tarek William Saab, procurador-geral da Venezuela, anunciou que o caso será encerrado após a partida de González para a Espanha.

A saída do opositor parece abrir caminho para que Maduro continue no cargo e seja empossado para um novo mandato em 10 de janeiro de 2025.

2 – Futuro Incerto para María Corina Machado

María Corina Machado permanece na Venezuela e continua afirmando a vitória da oposição nas eleições. Acusando Maduro de golpe de Estado, ela garante que González assumirá como presidente constitucional. Diferente de González, Machado segue no país, prometendo lutar pela vontade popular ao lado dos venezuelanos.

Até o momento, não há mandado de prisão contra Machado relacionado ao site “Resultados com VZLA”.

O que acontecerá na Venezuela após a saída de Edmundo González

3 – Pressão Internacional Crescente?

Os Estados Unidos, Argentina, Equador e outros países reconheceram a vitória de González. Por outro lado, Chile e União Europeia não reconheceram Maduro como vencedor. A resposta diplomática da Venezuela incluiu rompimento com diversas nações da região.

Brasil, México e Colômbia optaram por uma abordagem cautelosa, pedindo transparência sem questionar diretamente Maduro. Países aliados do chavismo como Cuba e Nicarágua reconheceram a vitória oficial.

A postura internacional permanece incerta quanto à imposição de novas sanções ou medidas isolacionistas contra o governo venezuelano. Os Estados Unidos já mantêm sanções econômicas significativas e consideram novas ações para pressionar Maduro.

4 – Persistência dos Protestos?

Após a contestada proclamação dos resultados eleitorais por parte do CNE e subsequentes protestos violentamente reprimidos que resultaram em pelo menos 25 mortes, a mobilização interna diminuiu. A saída de González poderá reavivar os protestos ou reduzir a mobilização devido à ausência física do líder opositor mais recente.

Ao longo dos últimos 25 anos sob o chavismo, episódios repetidos de protestos foram respondidos com rigor pelo governo. Adicionalmente, cerca de 7,7 milhões de venezuelanos emigraram devido à deterioração econômica.

Com essas circunstâncias em jogo, uma nova etapa repleta de incertezas se abre na crise pós-eleitoral venezuelana.

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