OpenAI revoluciona com modelo que pensa e almeja valuation de US$ 150 bi
OpenAI revela modelos "o1" com autocorreção e pensamento crítico, superando GPT-4o e captando interesse de investidores globais em IA.
A OpenAI, uma proeminente startup americana conhecida por seu trabalho na inteligência artificial generativa, anunciou recentemente uma nova linha de modelos denominada “o1”.
Esta família de modelos se destaca pela capacidade de realizar autocorreções e pensar de maneira crítica antes de fornecer respostas, superando alguns dos desafios e erros presentes em sistemas anteriores.
Batizada como “o1”, essa nova série foi desenvolvida com foco no raciocínio em cadeia, permitindo ao modelo considerar múltiplos aspectos de uma questão antes de chegar a uma conclusão. Tal abordagem promete maior precisão e eficiência, especialmente em tarefas que exigem síntese complexa, como o desenvolvimento de estratégias de marketing.
De acordo com a OpenAI, os modelos da linha o1 demonstraram desempenho superior ao GPT-4o, o modelo mais avançado até então. Exemplos desse avanço incluem a análise de resumos legais e a resolução de problemas lógicos. Em um teste específico, durante a Olimpíada Internacional de Matemática para estudantes do ensino médio, o modelo o1 alcançou 83% de acertos comparados aos 13% do GPT-4o. Em um exame científico direcionado a indivíduos com doutorado, o o1 obteve 78% de precisão, superando tanto o GPT-4o quanto a média humana.
Sam Altman, CEO e cofundador da OpenAI, destacou que, apesar de ainda haver espaço para melhorias, o modelo o1 é o mais capaz já desenvolvido pela empresa. Ele considera essa inovação um novo paradigma na inteligência artificial, capaz de realizar raciocínios complexos em diversas áreas do conhecimento.
Contudo, há um trade-off: os modelos da família o1 podem ser mais lentos em determinadas situações quando comparados aos seus antecessores. Inicialmente, os assinantes terão acesso às versões “o1-preview” e “o1-mini”.
O desenvolvimento desses modelos mais sofisticados requer maior capacidade computacional e investimento financeiro significativo. Conforme reportado pela imprensa americana, a OpenAI está buscando novos investidores com a meta de alcançar uma avaliação de US$ 150 bilhões e pretende levantar até US$ 7 bilhões. Entre os potenciais investidores estão o fundo MGX dos Emirados Árabes Unidos, além da Microsoft e da Thrive Capital.
O MGX foi recentemente criado pelo Mubadala, fundo soberano do emirado, em parceria com a G42, um conglomerado tecnológico que já colabora com a OpenAI. O fundo soberano de Abu Dhabi também pode integrar esse grupo de novos investidores.
No entanto, a captação desse capital enfrenta desafios regulatórios nos Estados Unidos. O Committee on Foreign Investment in the United States (CFIUS) vem impondo restrições ao investimento proveniente do Oriente Médio em empresas do setor biotecnológico e de inteligência artificial por questões de segurança nacional.